vamos conversar sobre não monogamia?
- Adelice Pereira

- 10 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de ago.
É natural que os modelos de ser, estar e interagir estejam em constante atualização e diante dos desconfortos gerados pelas formas tradicionais de compartilhar a vida, muitas pessoas têm buscado alternativas mais singulares de amar e serem amadas, alinhadas com seus valores e visões de mundo. É nesse contexto que, nos últimos anos, os debates sobre novas formas de se relacionar ganharam força, e surgiram termos como compersão, poliamor, hierarquia relacional, conceitos que se encontram sob o guarda-chuva da não monogamia.
Ao explorar esse universo, percebe-se que as bases convencionais de relacionamento não oferecem suporte para quem decide investir nessa perspectiva. As premissas são frequentemente opostas: posse versus liberdade, contrato versus diálogo, exclusividade versus compartilhamento. A lista é extensa! Apesar de não se tratar de uma ideia nova, já que povos originários já vivenciavam formas de relação não monogâmicas, a não monogamia desafia porque carecemos de referências que orientem essa maneira de se relacionar.
Somos profundamente influenciados pelos modelos familiares tradicionais, que tendemos a reproduzir, mas para quem deseja romper com esses formatos, questões como ciúme, coabitação, criação de filhos, entre outras, demandam novas leituras e abordagens. E essas reflexões ainda estão sendo construídas, muitas vezes de forma experimental e cotidiana, por aqueles que embarcam nessa jornada.
Atualmente a não monogamia já é tema de inúmeras páginas nas redes sociais e objeto de diversos livros, sendo que o Brasil é o terceiro país do mundo com mais buscas por este termo nos sites de pesquisa. No entanto, no campo da psicologia, ainda há pouca produção teórica e científica que descreva os impactos à saúde mental e os desafios emocionais enfrentados por quem escolhe esse caminho.
Nos últimos cinco anos, tenho me dedicado aos estudos sobre não monogamia, reunindo experiências e reflexões que me possibilitam acompanhar e orientar pessoas que estão vivendo os desafios deste formato relacional ou desejam iniciar esse processo. Se você busca suporte psicológico para trilhar esse caminho, estou aqui para ajudá-lo(a)!


